
Aline em sua fixa rosa. Ou vermelha, não decidimos ainda. Repare na ausência de câmbios. Foto: Laura Sobenes
Por essa característica, os próprios pedais são utilizados para frenagem, o que faz com que tradicionalmente não precisem de um sistema de freios. Também não possuem marchas. Em se tratando de fixas, menos é mais.
Por serem leves, ágeis, demandarem baixa manutenção e não terem peças “roubáveis”, necessitando apenas de uma pequena u-lock ao estacionar, as fixas são muito utilizadas pelos famosos bike messengers de Nova Iorque, que rasgam a cidade em alta velocidade, desviando de tudo e de todos com extrema agilidade.
Primando pela leveza e pela simplicidade, os fixeiros (leia “ficseiros”) capricham nos detalhes, do quadro com pintura especial e selim de couro até o vestuário. Apesar de haver modelos produzidos por fabricantes tradicionais de bicicletas, a maioria das fixas são customizadas, às vezes até montadas em casa com peças compradas por aí. Há até mesmo quadros feitos à mão, personalizados para a alma do dono, como katanas. O dono de uma fixa costuma ter muito orgulho de sua bicicleta.
Quem passa a usar uma fixa integra um novo universo, interessante e diversificado, que envolve bem mais que a bicicleta. Há toda uma subcultura a seu redor, envolvendo moda, comportamento, ideologia e até esporte: o Bike Polo é bastante adequado às fixas (entre outros motivos, pela maior facilidade em realizar trackstands).